Eu sou mar,
horas calma
e outras brava
mas sempre lar.
No balanço das ondas e do vai e vem
sempre abraçando e as dores do mundo
embalando.
Regida pela lua
me recolho na minguante
para renovar.
Transbordo na cheia
com o meu a(mar)
e cresço a cada ciclo
para um infinito particular.
Só peço a Iemanjá
proteção para em terras tão duras caminhar
quando a minha vontade é sereiar
nas profundezas do teu mar.